Conscientização

Fevereiro Roxo: alerta sobre a doença neurodegenerativa de Alzheimer

Fevereiro Roxo: alerta sobre a doença neurodegenerativa de Alzheimer

De uma demência rara que se instalava entre aqueles que passavam dos 60 anos, a doença de Alzheimer se transformou num dos maiores flagelos da atualidade e precisa da nossa atenção.

Por isso, o segundo mês do ano marca a campanha Fevereiro Roxo, para conscientização da sociedade sobre o Lúpus, a Fibromialgia e o Alzheimer, com o intuito de promover o diagnóstico precoce e incentivar um estilo de vida com mais qualidade. No caso do Alzheimer, o estímulo à atividade física e intelectual contribuem significativamente na prevenção da doença.

 

Na Conferência Anual da Associação Internacional de Alzheimer, ocorrida em  julho de 2019, o Alzheimer foi apontado como um problema grave de saúde pública mundial, com implicações individuais, familiares, econômicas e sociais.

 

Em abril de 2022, no maior estudo sobre riscos genéticos para o Alzheimer, pesquisadores identificaram 75 genes (porções de material genético) associados à doença. Desse total, 33 já eram conhecidos, sendo um dos mais bem estudados o ApoE, localizado no cromossomo (DNA compactado) número 19, enviado tanto pelo pai como pela mãe (o ser humano possui 46 cromossomos, sendo metade transferido por cada progenitor).

 

Sendo assim, falar de prevenção se torna mais do que necessário, é uma urgência para o setor de saúde.

Por onde começar a prevenção?

As causas exatas da Doença de Alzheimer não são totalmente compreendidas pela medicina, mas uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida podem ter um papel importante no desenvolvimento em seu desenvolvimento. Alguns dos aspectos que têm sido associados à doença são: a idade – a chance de desenvolver a doença de Alzheimer aumenta significativamente com o envelhecimento; histórico familiar – ter parentes de primeiro grau, como pais ou irmãos com a doença de Alzheimer, e o ambiente e estilo de vida, o que inclui o tabagismo, a falta de atividade física, a obesidade e a exposição à poluição.

 

O diagnóstico da Doença de Alzheimer envolve uma avaliação médica detalhada, que geralmente requer a colaboração de profissionais como neurologistas, psiquiatras e geriatras. Os principais passos no processo de diagnóstico é a entrevista clínica, na qual o profissional responsável busca informações sobre sintomas, história médica e história familiar. Isso ajuda a identificar possíveis fatores de risco e entender o aumento da doença. Em paralelo, o exame físico é realizado para avaliar a saúde geral do paciente e descartar outras condições médicas que possam contribuir para os sintomas. Exames de imagem como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) são exames que complementam o diagnóstico a fim de se identificar anormalidades no cérebro.

Exames laboratoriais irão mensurar os níveis de glicose, funcionamento dos rins, fígado e outros fatores que podem afetar a função cerebral.

 

Atualmente, é possível contar com um importante aliado ao diagnóstico precoce: um exame de sangue inovador para a avaliação cognitiva em pacientes acima de 55 anos, com sinais ou sintomas de comprometimentos cognitivo leve ou demência. Este exame oferece precisão e praticidade, estimando a probabilidade de amiloidose cerebral com alta sensibilidade e especificidade.

A prevenção da Doença de Alzheimer ainda não possui uma maneira definitiva, uma vez que as causas exatas da doença ainda não são totalmente compreendidas.

 

Há anos a demonstração de que adotar dieta de baixo conteúdo gorduroso, praticar atividade física com regularidade, moderação no consumo de álcool, ficar longe do cigarro e manter a cognição ativa por meio do aprendizado permanente podem ter efeito positivo na prevenção do Alzheimer, trazendo esperança para os mais idosos, mesmo para aqueles que possuem predisposição genética. Essas são ações que envolvem medidas ao alcance de todos.

 

 

Fontes:

Ministério da Saúde
Federação Brasileira das  Associações de Alzheimer

Meyer MR, et al. Validação clínica do testes de sangue PrecivityAD2 ™: Publicado online em 16 de março de 2024.